sábado, 25 de maio de 2013

= VAGAS PARA TRABALHO =





Os fatos que ocorreram nestes últimos dias envolvendo uma série de boatos de que o programa do governo federal Bolsa Família iria acabar, indicam que é preciso efetuar uma revisão do programa. A população assistida pelo programa, assustada com o seu eventual fim, promoveu uma verdadeira corrida aos bancos para saques dos valores devidos.

Em outras palavras: um programa assistencial só faz sentido se houver o segundo momento, em que há a transformação. Tenho convicção que o Bolsa Família, que na prática foi uma junção dos vários programas isolados que eram oferecidos desde anos 1990, representa uma forma de distribuir renda.

 Há inúmeras distorções. Uma delas é a acomodação. Em todo o Brasil, há pessoas que não querem trabalhar ou até mesmo trabalham, mas informalmente, para poderem continuar acessando o programa. Outras pessoas, como a fala de uma beneficiária que circula na Internet, não enxergam nestes recursos a melhoria das condições de alimentação e educação. Esta senhora, com gravação no youtube, ao ser entrevistada na fila formada para receber o benefício, lamenta que o valor não permite comprar uma calça de R$ 300,00 para sua filha adolescente, pleiteando um reajuste no valor.

É preciso, na prática, que o Bolsa Família seja somente um rito de passagem, atacando as causas da pobreza e da desigualdade com acompanhamento, orientação, capacitação e com o estabelecimento de data entrada e saída do programa.



Existem espertalhões? Sim, mas derivados da visão míope de transformar um programa criado pela sensibilidade de Ruth Cardoso em uma máquina de criação de currais eleitorais. O culpado maior é aquele que transformou  um programa social em um instrumento eleitoreiro.

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